Archive for Outubro, 2009

Sei lá, só sei que é assim

Este post não é direcionado a ninguém exatamente, surgiu de pequenas situações cotidianas que me fizeram lembrar deste meu rígido posicionamento.

Se há algo que não funciona comigo é pressão. “Você tem que ir àquele compromisso social”, “você tem que telefonar pra dar uma satisfação”, “você tem que ir me ver hoje”, “você tem que aparecer de vez em quando”, “você tem que isso e que aquilo…”. Não, detesto isso. Eu não “tenho que” nada. Eu faço o que eu tenho vontade de fazer. Nos dias em que eu fui a um compromisso social, em 99% das vezes eu quis ir, e fui feliz em ter ido, não fui cumprir uma agenda (existem exceções, é claro, mas são raras). No dia que eu ligar pra alguém é porque senti vontade de falar com essa pessoa, e não liguei pra me manter presente. Não acredito nessa presença. Tenho muitos amigos com quem falo uma vez por ano, e isso não quer dizer que eles não são importantes pra mim. No dia em que os encontro é como se tivéssemos nos visto há poucos dias. Com a diferença de que temos muitas novidades pra contar e nenhum encontro é chato. Não é pra acumular novidades que eu não ligo, eu simplesmente não sinto necessidade de ligar semanalmente pra dizer “olha, eu estou aqui se você precisar, eu estou regando o jardim da nossa amizade, os verdadeiros amigos se ligam pra dizer nada de vez em quando, ou pra saber se está tudo bem”. Ora, se não estiver tudo bem, meus amigos sabem que podem contar comigo. E também eu não sou um monstro, eu ligo quando sinto saudade, e é sempre genuíno.

Às vezes meus amigos me ligam e eu não atendo. Algumas vezes eu realmente não vejo, ou não posso atender, mas algumas vezes eu não quero falar. Isso quer dizer o que? “Oh céus, ela não é mais minha amiga, não me ama”. Socorro…

Talvez eu seja um tipo estranho sim, de amiga, de parente, de pessoa, já me disseram isso, me recriminaram, reclamaram, tudo bem, eu entendo! Mas e se eu for? Eu me sinto bem sendo assim. Eu faço bem aos meus amigos, mesmo se falo menos com eles do que a maioria das pessoas.

E se por acaso eu disser “olha, não estou com vontade de ir hoje”, ou “hoje eu não posso, já tenho outro compromisso”, entenda, não é nada pessoal. Eu simplesmente não estou no clima! E nesse caso não insista, porque normalmente é uma decisão só, então a insistência só vai desgastar as coisas. Eu sou persistente com os insistentes.

Ui, que desabafo!

Papy, Trotro, Gipsy, Alouette e a saudade

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Voici papy.

Eu ando morrendo de saudade de Esteban, meu sobrinho de dois anos que mora na França. Claro que também estou azul de saudades de minha irmã, Rai, a mãe dele (e de Pierrick também! Meu cunhado caladão que anda conversando cada vez mais).

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Papy avec le petit.

Estebinho é uma coisa muito linda. Ele é doce, ao mesmo tempo em que é independente, ao mesmo tempo em que te ignora, ao mesmo tempo em que, de repente, ele corre pros seus braços e fica guardadinho lá, pedindo um carinhozinho. Ele fala “fran-tuguês” (mistura tudo às vezes). Tem um cabelinho com cachinhos dourados que é a coisa mais terna desse mundo. E um sorrisinho que eu gostaria de fotografar todos. A risada? Linda. Parece que todos os males do mundo caem por terra, e a vida ganha a quarta camada de cor dos antigos filmes Kodak. Ele tem um corpinho atlético, parece um homenzinho. E, de repente, ele surpreende a todos com suas tiradas.

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Où est papy?

Como ele está aprendendo dois idiomas ao mesmo tempo, demora um pouco mais pra desatar a soltar frases compridas. Outro dia, em férias aqui em casa, ele estava sentadinho no chão com cinco sabonetes. Eu, meu pai e minha mãe (que ele chama de gogô e gogó), junto dele, admirando a cena distraidamente. Ele sozinho, então, começa a separar uns sabonetes dos outros dizendo:

– Un, deux, tois, quat, cin.

Assim mesmo, faltando algumas partes, mas ele contou todos. Diante do susto, todo mundo correu pra pegar uma câmera. Ele obviamente não repetiu. Depois que o aparato estava desmontado, ele solta:

– Um, do, tê, quat, in.

E a câmera lá, desligada, para desespero geral. Em outra ocasião, ele já em casa em Grand Quevilly (que é menor do que a vizinha Petit Quevilly – vá entender), minha irmã passa o telefone pra ele falar comigo.

– Alô! É Estebinho??

Minha irmã me diz que ele de lá faz que sim com a cabeça. Depois devolve o telefone pra ela, sai correndo e volta com o aspirador de pó de brinquedo dele pra me mostrar no telefone.

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Où pense-tu qu'il se cache?

E só mais um episódio. Anteontem minha irmã me contou que eles estavam vendo fotos das férias no Brasil. A cada foto ele dizia:

– Encore! – “de novo”.

Ele queria voltar. Como eu sei? Ele saiu da cadeirinha, pegou o casaquinho dele, pediu à mãe pra vestir, puxou-a pela mão e levou à porta. Queria voltar ao Brasil pra ver gogô, gogó e tata (esta que vos fala).

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Dans un tableau, peut-être?

Esteban é uma coisa. Eu morro de saudade dele. É meu pequeno príncipe particular. Aiai…

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Voilà, papy!

Armada e apontada!

Está na Folha de S. Paulo de hoje:

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a suspensão de todas as propagandas do iogurte Acitiva (hehehe). Para a Agência (segue a nota), a Danone anuncia o iogurte como se ele fosse um tratamento para o funcionamento intestinal irregular.

Uma pergunta, há quantos anos o Activia existe? Há quantos anos anuncia? E há quantos anos sai alardeando por aí que o consumo diário do treco resolve prisão de ventre? Desde que o mundo é mundo! Anos! Depois que a imagem do produto está absolutamente ligada ao funcionamento do intestino, depois que a ligação está consolidada, alguém vem proibir. Eu acho que a Danone não deveria prometer o milagre do iogurte libertador, concordo com a decisão. Mas a demora da providência tira a legimidade dela, a meu ver. Ou então foi porque o bambambam da Anvisa leu meu blog, e percebeu, né! Que a propaganda da Activia era muito descarada.

Isso me faz lembrar a multa da Transalvador que recebi hoje (eu e minha língua – não tinha nada que contar isso aqui). Há 40 dias eu ultrapassei um sinal vermelho, oito e tanta da noite, porque no carro ao lado o motorista dirigia de maneira muito suspeita. Depois que eu dei um sinal de luz pra ele escolher uma das faixas (ele usava duas), ele começou a agir de maneira estranha, ficou emparelhando com o meu carro, acelerando e brecando, e eu suspeitei que um maluco poderia estar ao volante. O sinal ficou vermelho, ele parou bruscamente e eu comecei a imaginar: eu parando ao lado, ele saindo do carro com um taco de baseball, caco de vidro, AR15 ou qualquer artefato ameaçador e vindo em minha direção. Antes que a visão dantesca se materializasse, resolvi seguir adiante, e fui clicada. 40 dias depois é que eu recebo a amarelinha? Me poupe. Vou recorrer.

Antes de terminar, um registro! A exemplo do bambambam da Anvisa, quem frequenta o meu humilde blog é o bambambam da Rede Globo! É mesmo. Depois que eu fiz uma leve observação sobre Denise Fraga e sua Norma, a Globo anunciou que o programa sairá do ar, por ter apresentado baixo índice de audiência… Se alguém aí estiver pensando em se meter comigo, cuidado!! Eu sou perigosa!!

Frases ácidas

Tem algumas frases que eu ouço, que na mesma hora me vem a ideia de colocar no blog. Aliás, blog é um vício. Eu agora praticamente acordo e durmo como se estivesse vivenciado um post. Mas voltando às frases, eu ando copiando algumas delas no celular (meu novo equipamento bloguístico) pra não esquecer. E pretendo listar algumas delas por aqui. A possibilidade de ninguém achar graça é grande, mas é uma questão de satisfação pessoal!

Vamos lá:

– “A altura que a mulher eleva o braço na hora de dançar numa boite, revela o nível de disponibilidade em que ela se encontra. Se dança com os braços à altura dos ombros, está curtindo na dela; se joga ao nível da cabeça está querendo novidades, e se lança os braços para o alto tá fácil, fácil”.

(de Nanci, depois de observar ao redor em uma dessas noites aí).

– “Gente! Nunca mais usei esse vestido!”

(de uma amiga que não vou identificar por motivos óbvios, ao ver uma foto inédita onde ela estava com um ex. Antes de ouvir a pérola, eu cerrei os olhos, porque achei que ela fosse sofrer com as lembranças).

– “Meu deus! Descobri que a vida virou apenas um pretexto para tirar fotos e colocar no facebook!”

(Minha mesmo, ao descobrir que até pra ir ao banheiro de um bar ou andar na calçada pergunto se alguém trouxe “a máquina” – deve ser grave).

“Se eu fosse mais inteligente, seria uma excluída da sociedade!”

(Nanci, depois de uma conversa comigo e Paulinha sobre a incompatibilidade entre ser inteligente e ser feliz, com direito a contos de Voltaire entre uma pipoca e uma jujuba).

“Já tá difícil desse jeito!”

(Eu, ainda sobre o mesmo assunto, e mandando a modéstia pra casa do car*&@#).

Bastardos Inglórios – Tarantino Puro Sangue

Bastardos Inglórios.  U-A-U. Eu adorei. Fui com expectativa alta e ainda saí surpreendida. É engraçado quando a gente ama muito uma coisa, quando fica em contato com ela dá uma sensação gostosa, diferente dentro da gente! Calma, eu explico. Eu amo o cinema. Acho que já disse da sensação de entrar na sala, de ouvir a música que toca na sala antes de apagar as luzes (menos a Rádio Trama do Cinemark, com Patrícia Marx e Bruno Ê), do apagar das luzes, do acender da tela, dos trailers, dos créditos, do filme. Deu pra sacar que eu adoro toda a experiência. Faz parte de mim, que já disse que “o cinema salva”. Bom, ontem eu fui ver Bastardos Inglórios, com duas amigas. No início do filme, a trilha dos créditos já me fez sentir em casa… É que eu estava vendo um filme do Tarantino! E novinho em folha! Quase a mesma coisa de ver um Woody Allen novinho em folha. Não vi o tempo passar, e o filme é longo. Ri, me assustei, tive nojo, ansiedade, sorri, e várias outras reações diferentes.

Acho que a sinopse todo mundo já sabe. França dominada pelos nazistas. Judeus franceses, americanos e ingleses – todos querem matar Hitler e se vingar. O título do filme é o nome do bando chefiado por Brad Pitt, e que joguem pedras naquele que disser que Brad Pitt não é bom! Ele está ótimo, com seu sotaque de americano interiorano. Os oito bastardos querem, simplesmente, matar nazistas. Ou melhor, não simplesmente. Eles querem trucidar, humilhar, literalmente escalpelar os nazistas. Nada mal, hein? Se eu fosse falar do elenco, teria que começar por Christoph Waltz, o Coronel Hans Landa. O QUE É AQUILO???? O cara estava tipo “contracene  comigo e seja automaticamente coadjuvante”. Lembra do Coringa, de Heath Ledger? É tipo aquilo. Ele dominou o filme. E não é pelo fato do cara falar quatro línguas (esqueci alguma? Inglês, Alemão, Francês e Italiano) super bem, isso é bom, mas não é isso, ele está espetacular. Rouba os holofotes. Toda aquela polidez irônica e sórdida dá o tom do filme. Destaque pro diálogo inicial, com M. La Padite, de Denis Ménochet. Que baita início de filme! Bravo.

Todo o elenco está afiadíssimo, a violência sangrenta tarantinesca está presente, apesar de menos exagerada, e mesmo assim, para alguns, ser desnecessária no filme. Eu discordo, é o estilo de Tarantino, e eu espero ver tudo isso quando eu for assistir algo dele. Mesmo que feche o olho na hora (não tenho estômago! Fico com medo de desmaiar hahaha). A trilha sonora é ótima, hoje eu vi na Saraiva o cd. Tem umas 3 intervenções de Enio Morricone! Pra quem não sabe, ele é o ás da música no cinema (fez trilha pra Era uma vez no Oeste, Era uma vez na América, Lolita, Os Intocáveis, Cinema Paradiso e muitos outros).

Quem não viu o filme pule este parágrafo!! O ápice é a exibição do filme ‘O Orgulho da Nação’. A face de uma vingança judia é o sonho de todo mundo. Eu estava na expectativa do que ia ocorrer, porque até então, que eu saiba, ninguém tinha ousado mudar o curso da história só pra satisfazer nosso desejo de vingança. Foi ótimo, saí aliviada e satisfeita no meu íntimo instinto sangrento.

Bastardos Inglórios talvez seja o filme do ano. Eu levo um pouco de tempo pra processar informações sobre filmes, e os rankings na minha cabeça, mas este tende a ser insuperável em 2009.

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Querido diário – Ego (eca)

Hoje finalmente vou ver Bastardos Inglórios. Tô louca pra ver, adoro Tarantino. Kill Bill I e II (eu tenho), Pulp Fiction, Cães de Aluguel. Todos ótimos e bem peculiares. Adoro o modo de contar as histórias, as trilhas sonoras, adoro ver Tarantino em ação. Hoje estou indo com expectativa de ver um grande filme, o que não é nada recomendável, mas não creio que vá me decepcionar.

Diferente de ontem, quando fui conhecer a tal boite Ego, no Hotel Pestana. Decepção total. A sorte é que por conhecer alguém, que conhecia alguém, entrei sem ter que deixar os dois olhos no caixa, como me sugeriram. Sem querer detonar o investimento alheio, o lugar não promete. Deveria ter voltado ao 30 Segundos, teria sido muito mais divertido.

Amanhã, juro!

Eu devia atualizar isso aqui, né? Vamos aguardar só mais um diazinho?! A sexta-feira está um pouco abafada…

See you later!

Vaninha Atenciosa – guarde este nome e depois corra

Agora eu dei pra anotar no celular os assuntos sobre os quais quero escrever no blog. Assim resolvi a questão do bloquinho de notas, mas continuo sem poder registrar nada ao volante. Mas tudo bem, isso não tira meu sono, então sempre posso resolver amanhã ou não resolver nunca. Aliás, tenho várias questões pendentes, que sei que não resolverei nunca. Poderia colocar isso como meta para 2010… Por falar nisso, 2010, vê se vem mansinho, porque 2009 me atropelou e ninguém anotou a placa.

Como eu ia dizendo, tenho vários assuntos pra escrever, mas quando sento aqui eles não fluem. Pelo menos não fluíram ainda. Tem o episódio de Vaninha atenciosa, que é garçonete do Eu Vi, na Pituba. Conhecemos a figura no Chá de Lingerie de Elen (que ela sugeriu mudar o nome pra Cachaça de Lingerie, que de fato é bem mais apropriado). A “Cachaça” foi numa salinha vip, toda reservada, parecia uma sala de estar de alguém “com posses”. A gente já tinha chegado quando entra Vânia na nossa saleta, se apresentando, toda dona de si e de todos, trazendo cardápios e toda a boa vontade do mundo. Bullshit. Nunca fui tão mal atendida. Quase que eu peço desculpas por meu pedido não ter chegado.

É que a criatura era meio grossa! Meio grossa não, era grossa e meio! A gente dizia ‘Vânia, eu queria pedir…’ e ela já estava saindo e batendo a porta. Isso aconteceu várias vezes. Outra vez foi ‘Vânia, quero um crepe tal’, e ela dizia ‘agora não posso, estou ocupada’. Se acha que é mentira vá lá e peça pra ser atendido por Vaninha Atenciosa, como ela se classifica. Eu pedi um crepe que nunca chegava. O de todo mundo chegou, menos o meu. Caí na besteira de comentar com Vânia…

– Pô, Vânia, o crepe de todo mundo chega, menos o meu, né!

– É. Não posso fazer nada.

Vânia era por aí. Até que no fim da festa, todo mundo pagando suas contas e indo embora, ficamos apenas as quatro amigas mais próximas. Vânia entrou com a maquininha do Visa, Elen já meio tonta (eu sou gentil, né amiga?), dançando e cantando. Vaninha Atenciosa se empolgou.

– Isso, menina, case mesmo, casar é ótimo!

– Você é casada, Vânia? quis saber a noiva.

– Não. Fui casada. 18 anos. Mas é ótimo.

Todas nós achamos um pouco contraditório, 18 anos casada, a pessoa se separa e diz que é ótimo. Vá lá. Pedimos pra Vânia contar mais sobre a experiência dela. E o porquê da separação (a essa hora éramos íntimas, já).

– Ah, era ótimo sim… mas ele era meio violento. Débito ou crédito?

Todo mundo se entreolhou, a coisa foi ficando feia. Daí pra frente foi “ele me batia”, “ele me traiu com minha melhor amiga”, e fechou com chave de ouro: diante de quatro amigas ela solta “nunca confie em amiga nenhuma, Éli“.

A essa altura nada mais era absurdo e o fim surreal da noite foi ela dançando e pulando abraçada a Éli, pediu telefone, orkut, e-mail e queria as fotos que tiramos com ela (não podíamos deixar passar a chance de ter uma foto com Vaninha Atenciosa).

Tá vendo? No fim das contas, um dos meus assuntinhos guardados na gaveta acabou saindo hoje, meio ‘na tora’.

Sai pra lá

Ihhh… terça-feira não começou bem. Dia tá difícil, chato, longo e confuso. Impaciência tomou conta.

Coisas que amo

Massagem no couro cabeludo feita no salão enquanto lavo o cabelo com água morninha.

– Chegar em casa à noite e sentir a água muito quente nos meus pés (independente da temperatura ambiente).

– Quando chove e eu fico sentindo o cheiro da terra molhada, da janela da sala lá de casa.

– A felicidade que a amizade pode proporcionar.

(Em constante atualização, ainda bem.)

Só a gente entende.

Tudo começou na sexta à noite, quando fomos ao bar 30 segundos. Em ordem alfabética: Elen, eu, Ju, Nanci e Paulinha. A gente se divertiu bastante. Tomamos várias, dançamos muito, fomos felizes. Eu e Elen conversamos isso no carro indo pegar Nan e Paulinha pra praia do dia seguinte. Ao som de “Isso é legal – a lambada”, a gente chegou à conclusão de que a felicidade atrai os outros. A noite de sexta foi sensacional e cheia de histórias.

Dormi na casa de Elen, como a gente faz quando é adolescente e dorme na casa das amigas. O dia já estava clareando quando a gente deitou pra dormir. Na manhã seguinte biquini, telefone e “se arrume que estamos passando aí em 15 minutos”. Em instantes estávamos as quatro na Pedra do Sal. Ju não foi porque JM estava meio dodói.

O mar estava bem mais tranquilo do que o normal. De longe. Resolvemos entrar e só de lembrar dei risada sozinha… Primeiro Paulinha quase não consegue furar a barreira das ondas. Quando finalmente se juntou a nós, as ondas começaram a quebrar bem em cima da gente, e tomamos uns três ou quatro caldos. Mas foram caldos de verdade (como diz Elen), e a gente de repente surge na areia emboladas e com os cabelos parecendo que tínhamos feito nero (pra quem não sabe, nero é quando a gente pega o cabelo todo e enrola ao redor da cabeça. Depois é so colocar meia-calça velha cortada por cima e ficar parecendo um ladrão). Depois de uma crise de risos e de agradecer a Deus a oportunidade de ainda estarmos vivas, uma chuveirada pra tirar pelo menos 200g da areia que estava no biquini. Conta paga, fomos comer tortas e outras guloseimas numa casa de chá. No caminho,  confissões sórdidas e algumas dicas preciosas. Lá no Ganache muita risada, algumas conversas altamente bobas e inteligentes. Escrevendo assim, parece que foi um dia comum de fim de semana. Mas a mágica desse dia só a gente que viveu é que sabe. Parecia uma conjunção astral.

O final do post é meio como o final do dia. Sensação de desconhecido. Elen hoje foi pra outro estado viver o grande amor da vida dela e nós ficamos aqui. Se estou agora sem a convivência praticamente perfeita que tínhamos, ela me deixou de presente Nan e Paulinha. Que são Mulheres maravilhosas. Mulheres com M maiúsculo. Super inteligentes, engraçadas – cada uma a seu modo bem particular, doces, companheiras, lindas e carregando suas adoráveis personalidades.

Mas eu ainda não sei bem o que fazer sem Elen. Foi tão intensa a presença dela na minha vida nos últimos meses… infinitamente importante pra mim. Eu estou um pouco atordoada e não sei bem o que dizer sobre ela e sobre como vai ser a partir de agora. Então vou dizer apenas que desejo a ela o mesmo que desejo pra mim, a felicidade.

Promessa é dívida!

Eu acho uma graça essa propaganda da Activia. Mulheres sem barriga nenhuma querendo que a gente acredite que elas são assim porque “os intestinos funcionam” direitinho (ficou mais legal assim do que dizer o verbo em si, né). E pra quem tem intestino preguiçoso (leia-se “prisão de ventre”) a moça loira diz: Use Activia por 14 dias. Se não resolver receba seu dinheiro de volta.

Tal promessa desencadeou em mim e na minha amiga Elen a seguinte elocubração:

Entra no supermercado uma pessoa. Mal dá pra ver que é uma mulher, uma vez que usa sobretudo, chapéu e óculos escuros. Só os sapatos entregam o gênero. Ela se aproxima da funcionária “Posso ajudar?” e pergunta onde é a gerência. “Posso ajudar?” responde que o gerente fica zanzando na loja (ela não disse zanzando, disse observando o funcionamento da loja). A criatura disfarçada chega até ele, que está cercado de pessoas que futucam frutas e verduras, procurando as melhores. Disfarçada fala com ele. Tão baixo que mal se ouve um ruído:

– Quero meu dinheiro de volta – e mostra um saquinho com uma série de rótulos de Activia, junto com as notas fiscais, que provam que ela comprou tudo ali.

Mas Gerente obviamente não consegue ouvir. Acostumado com o ruído da loja, e todo mundo que trabalha com ruído acaba ficando meio surdo, pergunta bem alto:

– Como é que é, minha senhora? – ele estranha toda aquela roupa, e faz uma cara de quem tá um pouco desconfiado.

– O dinheiro, eu quero de volta… – um pouco mais alto desta vez.

– Que dinheiro, minha senhora? – Gerente, meio bruto, já de braços cruzados, começa a não gostar. Falou em devolver dinheiro…

– Não seria mais adequado conversar em uma sala reservada? – pergunta nossa querida-pobre-coitada.

Gerente foi logo adiantando o papo e pedindo pra ela desembuchar de uma vez.

Disfarçada, já estressada pelos 14 dias difíceis que teve que passar no banheiro e assustada com toda a situação, quase chora… É aí que tudo piora. É que Gerente, infelizmente, entendeu a situação toda.

– Ahhhh!! A senhora quer seu dinheiro de volta! Aquele lance do iogurte pra quem não caga bem!

Disfarçada derrete, vira uma poça de água no chão, e a moça da limpeza, para evitar acidentes, traz a plaquinha: Cuidado, piso molhado…

Mas a situação pode ser pior, se a mulher enganada for do tipo barraqueira. Aí ela chegaria já perguntando a “Posso ajudar?” onde é que ela pega o reembolso do Activia que prometeu que ela ia cagar direito e não cumpriu.

Tsc, tsc, tsc. Quem criou esta campanha constrangedora fez de propósito. Eles sabem que nenhum ser que se respeite vai cobrar esse reembolso, ora, faça-me o favor!

Momento nécessaire 2 – só + um pouquinho!

Me chamem de ignorante, da roça, E.T. – telefone – minha casa, o que quiserem. Mas eu não sabia que a Avon tinha uma loja online. Assim, você entra e compra igual Submarino! E o melhor, o frete deu mega baratinho, e foi o mesmo, independente da quantidade de produtos. Comprei 3 coisas, e deu 5 reais de frete. A revendedora que eu conheço só vai receber os produtos em 30/10. Minha comprinha de hoje chega em até 7 dias! Fiz as contas, chega até no máximo dia 21/10. E mais: não preciso passar em banco nenhum pra tirar dinheiro pra pagar a amiguinha lá.

Vamos à parte boa! Comprei o esmalte Rosa Retrô, a tal cobertura roxinha, que umas dizem que faz maravilhas e outras que estraga tudo, vou tirar a prova, e comprei, enfim, o primer da Avon! A cobertura da pele do rosto antes da maquiagem. Também ouvi maravilhas sobre ele. Segura a make, suaviza a pele, esconde poros e linhas finas. Ui!

Essa foto é do blog Utilidade Feminina!

Essa foto é do blog Utilidade Feminina!

Momento nécessaire – unhas

Depois de ler o que Paloma escreveu sobre o que eu escrevi (ahn?), resolvi também fazer uma indicação! Licença meninos, mas tenho a impressão de que a partir daqui o assunto é para as mulheres.

Comprei um esmalte novo (eu avisei!), no mesmo dia minha mãe chegou também com um novo. O meu é Goiaba, da Avon. Coloquei na bolsa e fui ao salão. Toda mulher sabe que ir fazer as unhas quando estamos de sapato fechado requer que a gente leve junto um chinelo numa sacolinha, para a hora da volta. Pois eu esqueci o chinelo no carro e fiquei com preguiça de voltar pro carro pra depois voltar pro salão. Resultado, eu tinha que ir ao shopping depois, então fui fazer as unhas no shopping. Entrei no salão e disse o que queria. Não perguntei o preço, porque pé e mão não poderia ser nenhum absurdo. A manicure fez, caprichou, “et voilà”. 40 reais! Hein??

Bom, entre mortos e feridos salvaram-se todos (a manicure que vem até minha casa, no conforto do meu lar cobra   D E Z   reais…). O saldo foi que uma semana depois as unhas ainda estavam ótimas. Mais outra semana e eu ainda usava. Tá certo que tinha várias falhinhas, mas o que quero dizer é que o resultado foi bom. O esmalte da Avon está recomendado.

Outra coisa que recomendo é o removedor de esmaltes da Impala, que não contém acetona. Confesso que fiquei com medo dele não tirar totalmente o esmalte, e fiquei mega surpresa, porque não só removeu, como removeu muito rápido e não fez aquela sujeira que costuma ficar quando a gente tira esmalte escuro!

E por fim, o esmalte da minha mãe, o Colorama Única Camada, da cor Vinho Fashion. A cor é LINDA! E é realmente uma camada só. O esmalte é mais grossinho do que o normal, e na hora de pintar você ter que ir com fé, e fazer de uma vez. Porque se passar duas camadas no mesmo lugar ele vai engrossar muito. O pincel é ótimo e ajuda bastante. Outra vantagem? Seca em instantes. Pra vocês terem uma idéia, eu mesma pintei, with a little help from my mother. E ficou até muito bom!

Estou ansiosa pela chegada do meu lápis da Dior, que comprei na Sack’s, e junto com ele vão chegar uma bolsinha da Dior e uma miniatura de J’adore! Adoro!

Lindo, né!

Lindo, né!

Adorei, não mancha os dedos

Adorei, não mancha os dedos

Logo eu que só usava Renda!

Logo eu que só usava Renda!

Ai, mulherzice é tudo de bom, né, Pa??

Manhã de chuva!

Este post é só pra registrar minha felicidade em acordar e dar de cara com este dia LINDO que está hoje de manhã. No fellas, I’m sorry. O dia não é de sol. É uma manhã de chuva. Dia escurinho, todo branco, quieto, caseiro, cheiroso, aconchegante. Eu sou muito feliz em dias assim. Tem gente que acha que só pessoas depressivas gostam de dias de chuva. Ou então as místicas, ou as anti-sociais. Nada disso, pelo menos eu não sou nada disso e AMO chuva! Let it rain!

Será que vai ter arco-íris depois?
Será que vai ter arco-íris depois?